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Quando a Ansiedade se Transforma em Crise: Entenda e Previna

Introdução

A ansiedade é uma emoção natural que todos nós experimentamos em diferentes situações. No entanto, quando a ansiedade se torna excessiva e começa a afetar negativamente o nosso bem-estar físico e mental, ela pode se transformar em uma crise. Neste artigo, vamos ajudá-lo a entender como a ansiedade pode evoluir para uma crise e quais são as maneiras de lidar com ela de forma eficaz.

1. O que é a ansiedade e quais são as suas principais causas?

1.1. Definindo a ansiedade

A ansiedade é uma resposta natural do corpo ao estresse, que nos ajuda a lidar com situações desafiadoras e potencialmente perigosas. Ela pode ser caracterizada por sentimentos de preocupação, medo ou desconforto, e pode ser acompanhada por sintomas físicos, como taquicardia, sudorese e tensão muscular.

1.2. Causas comuns da ansiedade

As causas da ansiedade variam de pessoa para pessoa e podem incluir fatores genéticos, ambientais e de estilo de vida. Algumas das causas mais comuns incluem:

  • Eventos estressantes da vida, como mudanças no trabalho, problemas de relacionamento ou problemas financeiros;
  • Traumas passados ou experiências negativas;
  • Desequilíbrios químicos no cérebro;
  • Consumo excessivo de cafeína, álcool ou outras substâncias;
  • Condições médicas subjacentes, como doenças cardíacas, problemas de tireoide ou distúrbios do sono.

1.3. Ansiedade crônica vs. ansiedade situacional

A ansiedade pode ser classificada em dois tipos principais: ansiedade crônica e ansiedade situacional. A ansiedade crônica é persistente e prolongada, geralmente causada por preocupações constantes e estresse diário. Já a ansiedade situacional ocorre em resposta a eventos específicos, como falar em público, realizar um teste ou enfrentar um desafio no trabalho.

2. Como a ansiedade pode se transformar em uma crise?

2.1. Sintomas de uma crise de ansiedade

Uma crise de ansiedade, também conhecida como ataque de pânico, ocorre quando os sintomas da ansiedade se intensificam e se tornam insuportáveis, levando a pessoa a experimentar um medo extremo e desespero. Os sintomas de uma crise de ansiedade incluem:

  • Aumento da frequência cardíaca e palpitações;
  • Dificuldade para respirar ou sensação de sufocamento;
  • Tonturas, náuseas ou desmaios;
  • Sensação de perda de controle ou de estar à beira de um colapso;
  • Medo intenso de morrer ou de que algo terrível está prestes a acontecer.

2.2. Fatores de risco e gatilhos

Existem vários fatores que podem aumentar o risco de uma pessoa experimentar uma crise de ansiedade, incluindo:

  • Histórico de crises de ansiedade ou transtorno do pânico na família;
  • Experiência prévia de traumas ou eventos estressantes significativos;
  • Personalidade ansiosa ou tendência a se preocupar excessivamente;
  • Uso de substâncias, como álcool, drogas ou medicamentos, que podem agravar os sintomas de ansiedade.

2.3. Consequências de uma crise de ansiedade

Uma crise de ansiedade pode ter efeitos duradouros na saúde mental e física de uma pessoa. Além dos sintomas imediatos, as crises de ansiedade podem levar a:

  • Evitar situações ou atividades que possam desencadear uma crise;
  • Desenvolvimento de transtorno de ansiedade generalizada, transtorno do pânico ou fobias específicas;
  • Problemas no trabalho, na escola ou nos relacionamentos devido ao medo de ter outra crise;
  • Sentimentos de baixa autoestima e isolamento social.
Infográfico - Sintomas do Ataque de Pânico
Infográfico – Sintomas do Ataque de Pânico

3. Estratégias de enfrentamento e prevenção de crises de ansiedade

3.1. Identifique os gatilhos da ansiedade

Reconhecer os gatilhos que levam à ansiedade e às crises é o primeiro passo para preveni-las. Mantenha um diário de eventos e emoções para ajudar a identificar situações ou pensamentos específicos que desencadeiam a ansiedade.

3.2. Práticas de autocuidado

Adotar práticas saudáveis de autocuidado pode ajudar a reduzir a ansiedade e prevenir crises. Algumas dessas práticas incluem:

  • Exercício físico regular;
  • Alimentação equilibrada e nutritiva;
  • Práticas de relaxamento, como meditação, respiração profunda ou ioga;
  • Estabelecer uma rotina de sono saudável e consistente;
  • Limitar o consumo de cafeína, álcool e outras substâncias que possam agravar a ansiedade.

3.3. Terapia e intervenções médicas

Existem várias formas de terapia para tratar a ansiedade e prevenir crises. A terapia cognitivo-comportamental (TCC) é uma abordagem eficaz que ajuda a identificar e modificar pensamentos e comportamentos disfuncionais que contribuem para a ansiedade. Outra opção terapêutica é a hipnose, que pode auxiliar no acesso ao subconsciente e na ressignificação de crenças e comportamentos limitantes relacionados à ansiedade, bem como no alívio direto dos seus sintomas.

Além das terapias, medicamentos ansiolíticos ou antidepressivos podem ser prescritos por um médico para ajudar a controlar os sintomas da ansiedade. A combinação dessas abordagens terapêuticas e médicas pode proporcionar um tratamento mais abrangente e eficaz para a ansiedade e prevenção de crises.

4. A importância de procurar ajuda profissional

4.1. Quando procurar ajuda

Se você está enfrentando sintomas persistentes e debilitantes de ansiedade, ou se já passou por uma crise de ansiedade, é importante procurar ajuda profissional. A intervenção precoce pode prevenir futuras crises e melhorar a qualidade de vida.

4.2. Tipos de profissionais e tratamentos disponíveis

Existem diferentes tipos de profissionais de saúde mental que podem ajudar a tratar a ansiedade, incluindo psicólogos, psiquiatras e terapeutas. Eles podem recomendar tratamentos como terapia cognitivo-comportamental, terapia de exposição, hipnoterapia, medicação ou uma combinação dessas abordagens.

O primeiro profissional que deve ser buscado é preferencialmente o médico. Ele está preparado para realizar uma profunda avaliação do quadro ansioso, principalmente quando a pessoa se encontra diante de uma crise de ansiedade.

4.3. Como encontrar o profissional certo

Ao procurar um profissional de saúde mental, considere:

  • Pesquisar e obter recomendações de amigos, familiares ou médicos;
  • Verificar a experiência e as qualificações do profissional em tratar ansiedade e crises;
  • Marcar uma consulta inicial para discutir suas preocupações e avaliar se o profissional é adequado para você.

5. Conclusão

A ansiedade é uma emoção natural que, quando intensificada, pode evoluir para um estado debilitante. Entender as causas e os sintomas da ansiedade, identificar gatilhos e adotar práticas de autocuidado pode ajudar a prevenir episódios de ansiedade intensa. Além disso, procurar ajuda profissional é fundamental para gerenciar efetivamente a ansiedade e melhorar a qualidade de vida. Lembre-se de que você não está sozinho, e há recursos e apoio disponíveis para ajudá-lo a lidar com a ansiedade e prevenir crises.

Conheça o emprego da hipnoterapia para o tratamento da ansiedade clicando neste texto.

Referências:

Algumas fontes de pesquisas relacionadas ao tema:

1. American Psychiatric Association, DSM-5 Task Force. (2013). Diagnostic and statistical manual of mental disorders: DSM-5™ (5th ed.). American Psychiatric Publishing, Inc. https://doi.org/10.1176/appi.books.9780890425596

2. Barlow, D. H., Farchione, T. J., Fairholme, C. P., Ellard, K. K., Boisseau, C. L., Allen, L. B., & Ehrenreich-May, J. (2011). Unified Protocol for Transdiagnostic Treatment of Emotional Disorders: Therapist Guide. New York, NY: Oxford University Press.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3383087/

3. Ana Beatriz Barbosa Silva. Mentes Ansiosas: O medo e a ansiedade nossos de cada dia; Globo Livros, 26 de set. de 2017 – 296 páginas
https://books.google.com.br/books/about/Mentes_Ansiosas.html?id=TEk3DwAAQBAJ&redir_esc=y